O segredo para lidar com o choro do seu filho

O segredo para lidar com o choro do seu filho

O que você deve fazer para lidar com o choro do seu filho e ainda fortalecê-lo emocionalmente.

Por mais que não pensemos assim, o choro, e para ser mais específica, o “choro gritado, desesperado, compulsivo” é a expressão mais autêntica e mais profunda da criança em termos de sentimento.

Ela passa diariamente por vários pequenos momentos de frustrações: ela sente algo que não sabe dizer o que é, pede o colo da mãe ou do pai que não estão disponíveis para atendê-la a todo momento, deseja um brinquedo ou objeto naquele momento que não pode ser entregue, ou implora por um doce, ou qualquer outra coisa que nem sempre pode ter naquela hora…

Então, ela chora gritando! A infância é a única fase em que podemos fazer isso com toda a força do nosso ser. E como adultos, quantas vezes nos deu vontade de “chorar gritando”, mas sabemos que existe um “controle social” sobre isso, não é mesmo?

E a nossa reação de adultos com crianças chorando assim, é a pior possível, porque o choro nos perturba pelo barulho e nos incomoda pela sensação de que a criança está sofrendo e não sabemos como ajudá-la, ou até mesmo nos sentimos envergonhados. Tentamos enfrentá-la, persuadi-la, consolá-la de todas as maneiras. E aí cometemos alguns equívocos, por desconhecimento, e eu vou te contar apenas 3 deles.

Os 3 equívocos clássicos que os pais cometem:

#1 –  Gritar junto e mais alto para ela parar: desperta medo e pode tornar a criança um adulto submisso e manipulável, aquele que ‘paralisa’ a qualquer reação mais forte de outros;

#2 – “Não é assim que você vai conseguir o que quer de mim”: traduzindo, você está dizendo que a criança precisa ser inteligente para “manipular” você e que existe, sim, um jeito dela conseguir; ela pode se tornar um adulto que usará sua inteligência para conseguir o que quer das pessoas;

#3 – Tentar suborná-la com o leite, um brinquedo, algo que sabemos que ela pode desejar: ela pode desenvolver a crença de que você consegue o que quer das pessoas fazendo “trocas”.

Segure essa: se permitirmos que a criança ‘chore o choro completo’, ela vai ELIMINAR a frustração que gerou aquele episódio e quando parar, ela estará completamente REVIGORADA daquele momento de profunda tristeza! Dependendo do modo como o choro for interrompido, a frustração também será, ela passa a acumular pequenas frustrações e isso poderá deixar uma MARCA e uma CRENÇA LIMITADORA por toda a sua vida.

A minha dica de hoje diante de uma crise de choro da criança é:

#1 – Elimine causas e incômodos físicos e fisiológicos: fome? sede? dor? excesso de calor? de frio? roupa apertada?

#2 – Sente-se ao lado do seu filho, sem pegá-lo no colo, respire profundamente, encontre a calma dentro de você, naquele lugarzinho do coração onde está o amor por ele e o forte desejo de torná-lo uma pessoa emocionalmente saudável.

#3 – Diga-lhe, não importa a idade: “eu sei o que você está sentindo e estou aqui pra te escutar”; fique em absoluto silêncio e faça apenas carinho, olhando em seus olhos, até que, gradativamente, ele pare de chorar. Entregue-se a esse momento, porque ele não vai durar muito…

#4 – Assim que parar, proporcione a ele um momento qualquer de prazer: brinque com ele, leve-o para um espaço que ele goste – um parque; embaixo de uma árvore, com os pés no chão, você e ele, juntos; procurar a lua, se for à noite; deixe-o mexer e “arrumar” aquele armário que ele adora!

Adote esta atitude e, a cada vez que você conseguir fazer isso, você deixará seu filho completamente aliviado de uma profunda tensão e de um sentimento de frustração que ele passou a cada episódio específico, mesmo que você nem descubra qual foi o motivo real.

Observe os RESULTADOS:

  • O seu relacionamento com ele vai se tornando cada vez melhor e mais harmônico;
  • Os episódios de choro compulsivo “por frustração” vão se reduzindo, pois ele mesmo aprenderá a controlar-se e isso é fantástico para o seu desenvolvimento emocional!
  • Vocês vão construir uma relação profunda de confiança, de apoio, e a conquista gradativa, crescente do equilíbrio emocional será para ambos os lados 🙂

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Forte abraço.
Dra. Olzeni Ribeiro

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